É comum no Brasil prática do uso de captopril sublingual de forma errônea na emergência hipertensiva, principalmente em casos de Acidente Vascular Encefálico (AVE). O captopril sublingual, tem ação de 15 a 30 minutos, ação rápida demais para um quadro de emergência hipertensiva, e pode causar agravo no caso do paciente. Em emergências hipertensivas, os anti-hipertensivos só devem ser administrados em formas de absorção rápida em condições clínicas específicas (isquemia miocárdica, insuficiência renal e cardíaca ou dissecção da aorta) ou na presença de níveis de pressão sistólica maior que 220mmHg e diastólica maior que 120mmHg (Zanella et al., 2006).
Salvo esses casos, recomenda-se utilizar o anti-hipertensivo via oral – dando-se preferência a inibidores da ECA e beta-bloqueadores - de forma a já aplicar uma terapêutica adequada ao controle a hipertensão que a reduza a pressão arterial gradativa e cuidadosamente, evitando-se reduções bruscas e excessivas a fim de evitar o agravamento do caso (Kohlmann Junior et al., 2010). A Academia Brasileira de Neurologia, afirma no Projeto Diretrizes, que no caso do AVE isquêmico agudo, é melhor nenhum ou mínimo tratamento inicial na HA leve a moderada, já que observa-se redução da PA gradual, com a ressalva de que não existem estudos randomizados que permitam firmar definitivamente tal conduta.
Caracterizada a emergência hipertensiva – que pode cursar com pressão arterial muito elevada acompanhada de sinais que indicam lesões em órgão-alvo em progressão, tal como o AVE - requer-se o uso de drogas injetáveis através de um bom acesso venoso, se possível com bombas de infusão contínua e monitorização rigorosa da PA (Rodrigues, 2003). Drogas que possam causar queda brusca e imprevisível da pressão arterial, tais como os bloqueadores de canais de cálcio por via sublingual e os diuréticos de alça, devem ser evitados.
Assim, é imprescindível a internação do paciente para a monitoração contínua da PA (bem como ECG e SpO2), pois se não ocorrer sua redução, ou a redução não for o suficiente para a melhora do quadro agudo, de acordo com Rodrigues (2003) deve-se administrar nitroprussiato de sódio com diluição de uma ampola contendo 50 mg da substância ativa em 250 ml a 500 ml de soro fisiológico ou glicosado em bomba de infusão a 0,25 µg/kg/minuto, com ajustes posteriores que poderão chegar a 10 µg/kg/minuto.
Resumindo: se em um pronto socorro chegar um paciente com uma emergência hipertensiva (Acidente Vascular Encefálico, por exemplo) e está com 170x110mmHg, internar-se o paciente e monitora o decréscimo normal de sua PA. Administra-se posteriormente medicamento oral para o tratamento de sua hipertensão crônica (principal causa das emergências hipertensivas). Porém, caso o paciente esteja com 220 x 140mmHg, através de um acesso venoso deve-se, imediatamente, administrar nitroprussiato de sódio em bomba de infusão, já que esse é totalmente controlável e não fará com que a pressão decaia subitamente, chegando a níveis que não lese órgãos-alvo.
Salvo esses casos, recomenda-se utilizar o anti-hipertensivo via oral – dando-se preferência a inibidores da ECA e beta-bloqueadores - de forma a já aplicar uma terapêutica adequada ao controle a hipertensão que a reduza a pressão arterial gradativa e cuidadosamente, evitando-se reduções bruscas e excessivas a fim de evitar o agravamento do caso (Kohlmann Junior et al., 2010). A Academia Brasileira de Neurologia, afirma no Projeto Diretrizes, que no caso do AVE isquêmico agudo, é melhor nenhum ou mínimo tratamento inicial na HA leve a moderada, já que observa-se redução da PA gradual, com a ressalva de que não existem estudos randomizados que permitam firmar definitivamente tal conduta.
Caracterizada a emergência hipertensiva – que pode cursar com pressão arterial muito elevada acompanhada de sinais que indicam lesões em órgão-alvo em progressão, tal como o AVE - requer-se o uso de drogas injetáveis através de um bom acesso venoso, se possível com bombas de infusão contínua e monitorização rigorosa da PA (Rodrigues, 2003). Drogas que possam causar queda brusca e imprevisível da pressão arterial, tais como os bloqueadores de canais de cálcio por via sublingual e os diuréticos de alça, devem ser evitados.
Assim, é imprescindível a internação do paciente para a monitoração contínua da PA (bem como ECG e SpO2), pois se não ocorrer sua redução, ou a redução não for o suficiente para a melhora do quadro agudo, de acordo com Rodrigues (2003) deve-se administrar nitroprussiato de sódio com diluição de uma ampola contendo 50 mg da substância ativa em 250 ml a 500 ml de soro fisiológico ou glicosado em bomba de infusão a 0,25 µg/kg/minuto, com ajustes posteriores que poderão chegar a 10 µg/kg/minuto.
Resumindo: se em um pronto socorro chegar um paciente com uma emergência hipertensiva (Acidente Vascular Encefálico, por exemplo) e está com 170x110mmHg, internar-se o paciente e monitora o decréscimo normal de sua PA. Administra-se posteriormente medicamento oral para o tratamento de sua hipertensão crônica (principal causa das emergências hipertensivas). Porém, caso o paciente esteja com 220 x 140mmHg, através de um acesso venoso deve-se, imediatamente, administrar nitroprussiato de sódio em bomba de infusão, já que esse é totalmente controlável e não fará com que a pressão decaia subitamente, chegando a níveis que não lese órgãos-alvo.
Referências Bibliográficas
01. Zanella MT, Forti A, Massaro A, Lopes AAS, Pascoal I, Cordovil I, et al. Situações Especiais 2006; 31-4.
02. Rodrigues CIS. Tratamento das emergências hipertensivas. Rev Bras Hipertens 2003; 9:353-358.
03.Kohlmann Junior O, Ribeiro AB, Vianna D, Coelho BE, Barbosa E, Almeida FA, et al. Tratamento medicamentoso. J. Bras. Nefrol 2010: 32: 29-43 .
Como referenciar esse texto?
Rodrigues RMC. Vocação Médica (blog): Emergência Hipertensiva e o uso de Captopril Sublingual. Available from: URL: http://vocacaomedica.blogspot.com/2011/05/emergencia-hipertensiva-e-o-uso-de.html. Acessed mês em inglês dia que visualizou a página, 2011."
Nenhum comentário:
Postar um comentário